quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A história do véu


O primeiro uso conhecido do véu para mulheres é reportado em um texto legislativo assirio do século 13 a.C., que restringia seu uso a mulheres da aristocracia e proibia prostitutas e mulheres comuns de o adotarem.
No judaísmo, cristianismo e islamismo, o ato de cobrir a cabeça está associado a modéstia e recato. A maioria dos retratos tradicionais de Virgem Maria a mostram com a cabeça velada. Durante a  Idade Média, a maioria das mulheres europeias e bizantinas casadas cobriam suas cabeças com uma variedade de tipos diferentes de véus. Cobrir os cabelos era prática comum entre mulheres ao frequentar igrejas até a década de 1960, tipicamente usando véus de renda.
 
No Brasil denominações cristãs, dentre outras, ainda adotam o uso de véus durante serviços religiosos e orações.

Véus são parte integrante do vestuário das noivas em grande parte das culturas ocidentais. Véus compridos, cobrindo o cabelo e a face, substituíram o uso do cabelo longo e solto como símbolo  de virgindade da noiva. O véu que cobria a face era normalmente removido ao apresentar a noiva ao noivo, ato que nos casamentos modernos é ignorado. Na tradição judaica a noiva era desvelada apenas antes da consumação do casamento.
O véu talvez seja um dos maiores símbolos do casamento, além do vestido de noiva. Ele está sempre no imaginário de quando pensamos em uma noiva, portanto, em muitos casos, uma noiva não é uma noiva completa se não estiver de véu. Não há noivo que não se deslumbre ao ver sua amada caminhar nessa espécie de nuvem branca suave ao envolver-lhe o rosto.
Não é claro que o uso do véu no casamento é um uso não-religioso, uma vez que na tradição ocidental casamentos quase sempre acontecem em situações religiosas. Entretanto, o uso do véu no casamento predata a associação da cerimônia do casamento com a religião cristã. Noivas romanas usavam véus coloridos para espantar maus espíritos e posteriormente esse véu foi adotado nas cerimônias cristãs.
O véu, uma vez tornado símbolo de virgindade, passou a ser adotado também por mulheres cristãs que consagravam sua virgindade a Cristo.
 
 
Foto: Liliane Gimenez e André Ricardo
Noiva: Camila Volpato

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